segunda-feira, agosto 30

Já chegou o Inverno...

Vencedor do Prémio Literário
JOSÉ SARAMAGO

"Um enorme romancista que nos redime do horror, como os grandes mestres, pela força misteriosa da escrita."
 António Pedro-Vasconcelos, Sol

"O novo romance do século XXI em Portugal."
João Céu e Silva, Diário de Notícias

"Estamos diante de um escritor cuja notável vocação narradora não se furta em nenhum momento de analisar a brutalidade da vida que nos habitua" Nelida Piñon

O BOM INVERNO
AUTOR: João Tordo
EDITORA: Dom Quixote
data edição: Agosto 2010

Quando o narrador, um escritor prematuramente frustrado e hipocondríaco, viaja até Budapeste para um encontro literário, está longe de imaginar até onde a literatura o pode levar. Coxo, portador de uma bengala, e planeando uma viagem rápida e sem contratempos, acaba por conhecer Vincenzo Gentile, um escritor italiano mais jovem, mais enérgico, e muito pouco sensato, que o convence a ir da Hungria até Itália, onde um famoso produtor de cinema tem uma casa de província no meio de um bosque, escondida de olhares curiosos, e onde passa a temporada de Verão à qual chama, enigmaticamente, de O Bom Inverno. O produtor, Don Metzger, tem duas obsessões: cinema e balões de ar quente. Entre personagens inusitadas, estranhos acontecimentos, e um corpo que o atraiçoa constantemente, o narrador apercebe-se que em casa de Metzger as coisas não são bem o que parecem. Depois de uma noite agitada, aquilo que podia parecer uma comédia transforma-se em tragédia: Metzger é encontrado morto no seu próprio lago. Porém, cada um dos doze presentes tem uma versão diferente dos acontecimentos. Andrés Bosco, um catalão enorme e ameaçador, que constrói os balões de ar quente de Metzger, toma nas suas mãos a tarefa de descobrir o culpado e isola os presentes na casa do bosque. Assustadas, frágeis, e egoístas, as personagens começam a desabar, atraiçoando-se e acusando-se mutuamente, sob a influência do carismático e perigoso Bosco, que desaparece para o interior do bosque, dando início a um cerco. E, um a um, os protagonistas vão ser confrontados com os seus piores medos, num pesadelo assassino que parece só poder terminar quando não sobrar ninguém para contar a história.

JOÃO TORDO nasceu em Lisboa. Formou-se em Filosofia e estudou Jornalismo e Escrita Criativa em Londres e Nova Iorque. Em 2009 ganhou o Prémio Literário José Satramago com o romance As Três Vidas (2008) depois de, em 2001, ter vencido o Prémio Jovens Criadores na categoria de Literatura. O seu primeiro romance, O Livro dos Homens sem Luz, a reeditar em breve nesta colecção, foi publicado em 2004 e o segundo, Hotel Memória, em 2007; todos os seus livros foram sucessos da crítica.  Trabalha como guionista, tradutor, cronista e formador em workshops de ficção. Escreveu contos para diversas colectâneas, bem como séries de televisão e uma longa metragem. Os seus textos apareceram em publicações como o Jornal de Letras, ELLE, Egosísta, Semanário económico, Diario de Notícias e O Independente. Está, de momento, a terminar um  novo romance curto e vertiginoso.

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